terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Bebidas


Retomando a seção lembranças do site, falaremos agora de algo que vai matar não só a saudade de quem ler este texto, mas vai dar vontade de matar aquela sede. Quem não lembra dos sucos, refrigerantes e tantas bebidas açucaradas que bebíamos na nossa infância, que fazíamos de tudo para nossos pais comprarem e que sempre deixava um gosto de quero mais. Pois é! Sempre bate aquela saudade. Por isso, vamos mostrar aqui alguns dos sucos e refrigerantes que marcaram a década de 80.

A época foi recheada de opções de bebidas açucaradas e que faziam enorme sucesso não só entre a criançada, mas com os adultos também. Quando falamos sobre sucos, quem não lembra daquela embalagem pequena, com a jarrinha desenhada, de vários sabores e que fazia um litro com pouca quantidade: quem chutou Ki-suco acertou. Esta bebida era baseada num suco americano chamado Kool Aid, que dava nome a jarra símbolo do produto.


Vendidos em diversos locais, até no boteco da esquina do bairro, eram um dos sucos mais baratos que existiam.... e bota barato nisso! 10 centavos e bem fácil de fazer, mas nem por isso menos gostoso e com vários sabores: uva, laranja, limão, abacaxi, groselha e vários outros que faziam sucesso entre a galera. Até para fazer geladinho, raspadinha de gelo com vários sabores, o Ki-suco era usado.

E quem não se recorda do concorrente do Ki-Suco, e percursor dos sucos “baratos e rápidos de fazer”, o Q-Refresco. Esta marca existe até hoje em algumas cidades do interior. Apesar de serem muito baratos, você ainda podia encontrar refrescos em versões mais simples como os famosos sucos de feira. Conservados em isopor vinha em embalagens plásticas com várias formas como carrinhos, animais, chupeta, igreja e várias outras. Apesar de fazer sucesso pelas embalagens e todo mundo tinha que comprar um na hora que de ir à feira, como se fosse um ritual, o gosto não era lá estas coisas.




Mas com certeza as bebidas de preferência da molecada, até pela variedade de sabores, eram os refrigerantes. Algumas marcas existem até hoje, porém marcaram os anos 80 pelas embalagens diferentes e pelo sabor. Quando falamos em refrigerante no Brasil associamos logo ao guaraná, e guaraná tem ligação com duas marcas: Antártica e Brahma.

Hoje, unidas pela mesma empresa Ambev, na época eram marcas distintas e grandes concorrentes. O guaraná Antártica era tradicional, e até hoje, pela sua garrafa de 275 ml verde conhecido como o “guaraná caçula”. Já o Guaraná Brahma, o refrigerante brasileiro mais antigo do Brasil (fabricado desde 1918), tinha a clássica garrafa marrom de um litro e depois, em 1988, a de 250 ml retornável.

Porém, o guaraná Brahma começou a decair no número de vendas em meados da década de 90, mesmo tendo mudado sua fórmula, em 1994, lançando o Novo Guaraná Brahma. Com a criação da Ambev em 1999, que é a associação da Brahma e Antártica, a empresa preferiu manter a marca mais forte. Por isso, o guaraná Brahma foi saindo aos poucos do mercado até deixar de ser vendido em 2001. E para aqueles que gostam dos refrigerantes com vários sabores de frutas, principalmente as crianças que têm preferência por refrigerantes mais adocicados e que hoje tem apenas a Fanta como opção, tinham na década de 80 o fantástico refrigerante Crush.


Criado em 1916 por J. M. Thompson, em Chicago, a marca chegou ao Brasil na década de 30 com vários sabores: uva, limão, lima, pêssego e cereja e o tradicional laranja. Mas com a queda nas vendas da maioria dos sabores, a marca ficou mais conhecida no país pelo refrigerante de laranja. No Brasil foi fabricado pela Pepisco e depois por pequenas fábricas como Golé e Pakera, franqueada pela multinacional Cadbury Schweppes. Com a compra desta multinacional pela Coca-Cola, o refrigerante saiu do mercado.

E falando em outras marcas de refrigerantes de laranja quem não se lembra da Sukita? Lançado em 1976 no Brasil pela Fratelli, e depois fabricado pela Brahma, o refrigerante foi um dos principais concorrentes da Fanta e hoje é fabricado pela Ambev. Mas hoje é vendido menos do que na década de 80 e é bem mais difícil de achar.

Mas falar de refrigerantes sem falar dos com sabor de limão é deixar de fora marcas clássicas. Da Brahma, tínhamos a Limão Brahma com a garrafa cor verde na tradicional embalagem da empresa, da Coca Cola a Sprite (a que mais vende até hoje), além da Soda Limão da Antártica, mudando o nome para Soda Limonada, em 1989. Também tinha o Gini, com uma cor meio turva parecendo suco de limão mesmo e com a marcar escrita em vermelho na garrafa.

Até agora só falamos dos refrigerantes “nobres”, de marcas famosas e que eram sempre mais caras. Mas e para aqueles que estavam com dinheiro contado, depois de brincar com "pega-pega" ou "mãe da mula" na rua? Opções mais baratas não faltavam, mas não menos saborosas. Ou mesmo que tivéssemos grana suficiente, quem nunca preferiu comprar uma tubaína aos refrigerantes mais caros?


suquinhos da feira


Fabricado pela Ferráspari, empresa criada em 1932 em Jundiaí, o refrigerante era vendido em garrafas âmbar (aquelas de cerveja) e tinha o gosto de Tutti-Frutti, mas que lembrava muito o sabor de guaraná. A Tubaína era muito barata, menos da metade de uma coca-cola, e devido o sucesso o nome foi associado (com autorização da fábrica criadora) a qualquer refrigerante barato. Existia uma gama de opções para a criançada tomar como Tubaína Rainha (já extinta), Tubaína Conquista, Tubaina Funada, Tupinambá (extinta), Elite (já extinta) entre outras.

Também tinha o refrigerante Mineirinho, feito a base do extrato chamado “chapéu de couro”, uma erva medicinal misturado ao guaraná e que foi distribuído principalmente no estado do Rio de Janeiro.

Podia lembrar de diversas bebidas como Pop-Cola, Guaraná Simba, Baré Cola, Groselha Milani e outras dezenas de marcas. Mas ficaria aqui durante páginas e páginas para lembrar de tantas bebidas que adoçaram a infância de muitos. Mas estas marcas citadas são as que com certeza não saem da memória de quem foi criança na década de 80. Com certeza, a vontade agora é ir ao mercadinho mais próximo, comprar um suco e refrigerante e ter esta doce lembrança novamente.

Calçados nos Anos 80


Para começar, o mais popular na época, o Conga. O “conguinha” ficou tão famoso, que muitas escolas o adotaram como item obrigatório do Uniforme Escolar, desde o "prézinho", como a gente chamava na época. Impossível ter sido criança nos 80 e nunca ter usado um Conga. Vermelho, azul marinho, cinza... Lona por cima, e borracha na sola. E o mais incrível é que está voltando à moda, não mais a moda popular, mas realmente o mundo da moda, até na SP Fashion Week do ano retrasado haviam modelos desfilando com Congas, virou um 'must' relembrar os 80 no mundo da moda.

Como um dos momentos mais importantes da década, a referência é o calçado que entrou para a história, o Starsax, não pelo calçado em si, mas pela propaganda, que mudou a história da música por aqui, era a primeira vez que uma música dos pais dos anos 80 tocava no Brasil, a banda mais influente do século XX, e logo de cara, na TV.

No começo da propaganda, uma pessoa andando pela linha do trem, calçando um sapato de couro moderno e bem mais macio que os tradicionais, ao fundo tocando uma música sincronizada com seus passos, e ao caminhar pela linha do trem, subia o refrão da música: "Even the greater Stars..." e entrava a única voz da propaganda sem ser a dos pais dos anos 80, "Starsax, o calçado da geração jeans"... Era a primeira vez que o público brasileiro tinha contato com a música do Kraftwerk, a banda que criou as bases de tudo que conhecemos hoje, de A-ha a Depeche Mode, de New Order a Front 242, de Stevie B a Chemical Brothers... a importância histórica do Kraftwerk fez o Starsax se tornar um dos calçados mais famosos da época, como uma escolha bem feita da trilha da propaganda pode mudar a história de um produto...
The Hall of Mirrors do Kraftwerk.


Trilho de trens, sapatos de couro, modernos, macios, a música que mudou a história da minha vida e da maioria dos fãs que viram a propaganda na época, a partir dali foi natural aceitar os filhos do Kraftwerk: New Order, Depeche, Duran, A-ha, Human League, o som da Cyndi Lauper, Madonna, e todos os artistas e bandas que se basearam no synthpop... e a música nunca mais foi a mesma.

A Propaganda em si é muito difícil de conseguir, mas você pode relembrar a música, e viajar no tempo, através deste link:

http://www.youtube.com/watch?v=mj09GkBLheU

Ainda na linha dos sapatos mais estilosos dos 80, o must foi o London Fog, na verdade um sapatinho de camurça que virou item obrigatório em qualquer adolescente dos anos 80, era a principal referência, você não conseguiria sair de casa sem um "London Fog" nos pés... mas calma, não era a marca, era o modelo de sapatinho de camurça que virou referência por ter sido lançado pela London Fog por aqui, e como no caso da Danone, que a gente acaba chamando qualquer Iogurte de Danone (que na verdade é a marca, mas ficou numa forma metafórica de se falar da marca querendo falar do produto), mesmo exemplo do BomBril (palhas de aço) e diversos outros casos, onde a marca virou sinônimo do nome do produto.



Então quando outras marcas lançaram o modelo que foi a maior moda nos pés dos adolescentes mais estilosos dos anos 80, virou referência de vez, Sidewalk, Montana, Cannon, entre outras marcas famosas, acabaram lançando suas versões do "London Fog", surgiram até nova marcas que se baseavam qause unicamente no modelo, algumas até lançaram inovações, como a Free London, que era com o cano um pouco mais alto, e com 2 lances de cordões. Sem esquecer das Botas Commander, febre nos anos 80.

Claro, que surgiram inúmeras cópias, até o Tio do seu amigo, tinha uma sapataria nos fundos de casa que fazia uma versão azul piscina ou verde limão dos novos sapatos da moda, mas como no caso da calça baggy (aliás um item era complemento do outro na moda mais estilosa da época), o sapato de camurça, era uma versão que estourou no Brasil, adaptando à cultura brasileira, ao invés de usar os sapatos de couro dos New Romantic, com calças de linho baggy, usava-se o sapatinho de camurça com o jeans baggy, era o New Romantic brasileiro, que no som também era adaptado, afinal era a chegada do Freestyle, Flash House por aqui, resumindo, se vestia numa forma de Duran brasileiro, adaptado, ouvindo principalmente New Order, Information Society e Afrika Bambaataa com UB 40, isto e, um mix da moda visual do começo dos 80, adaptado ao país, e ouvindo songs de meados e final dos 80. A geração "London Fog" Não houve um garoto que tivesse entre 12 e 18 anos na época, que não usasse o sapato mais estiloso dos 80.


Havia também o Dockside da Samello, também com várias cores, e a versão de camurça da Cannon. Já a Side Walk, além do modelo tradicional estilo de camurça à lá London Fog, havia o de couro com o mesmo design, e bem estiloso, chamado de Canadian Style. Havia também o Zeppelin, em couro, e a propaganda destacava, à prova de chuva. Falando em chuva, até o Vicente Matheus, aquele presidente do corinthians que não acertava uma e soltava várias pérolas ("O Sócrates é Invendável, Inegociável e Imprestável" sobre uma oferta de um time francês na época, "Haja o que hajar, o corínthians vai ser campeão"), foi convidado a fazer propaganda de calçados na TV, e como não poderia faltar, a fala dele tinha que ser bem ao seu estilo - "752 da Vulcabrás, quem sai na chuva é pra se queimar".... típico... Falando em famosos, a Sândalo até contratou a Maitê Proença para a propaganda, para dar um impulso nas vendas, também seguia a mesma linha da Side Walk e London Fog, com direito a versão em couro também.

Mas voltando ao tênis, na família do Conga, All Star, tinha o Bamba, um dos maiores sucessos dos anos 80, vários modelos, uns muitos próximos ao estilo do All Star (o Bamba carinhosamente de “Bamba Cabeção”) chegando até os quadriculados, o Bamba Náutico (a versão do Bamba para o Rainha Yatch), que foi uma das maiores vendagens da marca. Na mesma linha do All Star (também chamado na época de “mal-estar”... rs), surgiu o Panda, com canos altos, lembrando muito o estilo consagrado pela famosa marca. A propaganda dizia “Com Panda, você vira Fera”. Haviam também os preferidos para andar de Skate, como o Mad Rats. A Rainha também lançou sua versão, o Rainha Skating em 88, o principal era o vermelho e azul, com a sola branca, cano alto, e na ponta, um reforço para suportar as manobras mais radicais. Um símbolo da década era o Forward (ou como se falava na época "faruaite"), que tinha o maior fluxo advindo do Paraguai, era top para a galera em uma época que não importava a procedência, o importante era o Forward no pé, que era mais "style" do que usar o All Star nacional, o Forward que fez mais sucesso era o preto de cano alto, mas também tinha o branco com solado verde e detalhes em azul... bem New Wave. E o Tênis Chinesinho, branco com solado todo verde, às vezes com solado vermelho, que tinha uma estrela.


E o Kichute... o Brasil em que a febre da criançada era jogar futebol, surgiu na idéia de criar uma calçado que imitasse uma chuteira como dos principais jogadores da época, Falcão, Zico, Careca, e ao mesmo tempo a criança pudesse andar e brincar no asfalto ou nos campinhos de terra da nossa infância, o Kichute, que acompanhava uma miniatura da bandeira do Brasil no tênis.


Na linha esportiva, ainda tinham o Le Coq Sportif, o Montreal (com o slogan, “porque você é jovem”), o Daytona, o Le Cheval, o Mizzuno Volley (item mais disputado da Mizzuno na época), o vermelho e branco, logo após o grande sucesso da geração de prata (como ficou a geração que conseguiu resultados inéditos para o vôlei brasileiro, abrindo caminho para a futura geração do ouro olímpico). Claro, que haviam também as marcas mais tradicionais como a Adidas, que lançou vários modelos na época, incluindo um especial para jogar Tênis, com o nome de Luiz Mattar, o principal tenista brasileiro dos anos 80. A Topper investiu pesado também, mais forte no futebol, lançando inclusive alguns modelos direcionados para a galera do Futebol de Salão. Outro que investiu na linha esportiva foi o Olympikus, com seu modelo Light (sob o slogan "mais leve e mais macio que qualquer outro tênis"), a versão da Olympikus para o Yatch, além de ter lançado os modelos, Náutico, Basket, e um só para as garotas, cheio de flores e desenhos sobre uma base preta, o Femme. Um pouco mais sofisticado tinha o Redley, também no meio termo entre o visual esporte e o passeio no Shopping Center, embora fosse usado apenas na segunda opção, por ser mais estiloso.


Ainda no estilo esportivo, a Rainha esteve à frente em muitas inovações, e com certeza o Rainha Yatch, foi a mais forte delas. No começo, estourou nas cidades litorâneas, e aos poucos quem ia para a praia, não esquecia seu Rainha Yatch. A moda pegou, por ser mais confortável e macio para locomoção, facílimo de tirar do pé, sem cadarços, e nada mais que atrapalhasse, tão fácil quanto tirar um chinelo, tá certo que a sola era muito fina e a própria lona em cima era extremamente frágil, não tinha como não rasgar com o tempo, sempre aparecia o dedão, aí o jeito era aposentar... tudo bem, algumas pessoas continuavam usando com o dedão pra fora, mas é outra história... rs.

New BalanceNos tênis também haviam os mais estilosos, como da Nike, e o New Balance que virou a febre dos anos 80, com um N grande. Outra marca que ficou muito forte pelos seus modelos e virou a principal moda do final dos 80 ao lado do New Balance em matéria de tênis, foi a Reebok, era sinal de status ter os mais disputados modelos da Reebok (aliás, até hoje ainda são disputados os top modelos). Da Nike, haviam ainda poucas combinações cores (perto da imensa variedade que existe hoje em dia), mas o mais bonito, era o Nike cinza e rosa, todo cinza com o logo da marca, na lateral em rosa, era o mais disputado da marca, entre garotos e garotas, diga-se de passagem, afinal nos 80, com o auge do New Romantic, homem usar rosa não havia nenhum tipo de represália, pelo contrário, era característica dos mais estilosos, usar uma camiseta de gola alta rosa da Print Rip, ou uma camisa social rosa da Bruno Minelli (até o Faustão popularizou o estilo camisa social rosa da Bruno, no seu inesquecível Perdidos na Noite), e claro que com o tênis não seria diferente. Queria abrir oportunidades com as garotas da escola, era só ir pra escola com o Nike cinza e rosa, ou o New Balance azul e cinza, ou ainda, o must, o sapatinho de camurça da London Fog.


Da Reebok, um dos modelos que pegaram era o Azul e branco, com sola e palmilhas azuis, sola mais alta que os concorrentes na época, dando uma cara mais esportista, branco com detalhes da marca em azul. A moda para estar "in" nos tênis nos anos 80 era Nike, Reebok e New Balance, no final da década.

MelissinhaPor outro lado, impossível uma garota dos 80 nunca ter usado uma Melissinha...todas as garotas tinham ao menos um dos modelos, não tão variados como os de hoje em dia, mas com modelos que fizeram muito sucesso entre as garotas da época... em 1979 surgiu a primeira Melissa, o modelo Aranha. Tinha também a Melissinha infantil de plástico e com o mesmo cheirinho de chiclete, lançada em 86, uma que vinha com Pochete, outra com relógio e ainda uma com Estojinho de maquiagem, lembram da propaganda? "essa é a pochetizinha que vem com a Melissinha fessora". A Grendene também contratou grandes nomes para lançar os modelos da Melissa, como Jean Paul Gautier, uma verde totalmente New Wave. Teve também a Chanel de um New Wave de gosto discutível e o Modelo Yes Brasil, de 86. A Melissa se popularizou desde o comecinho dos anos 80, logo após a novela Dancing Days, quando várias atrizes desfilavam de Melissa na novela. Não conheço uma garota que nunca tenha usado uma Melissa, que acabou de completar 30 anos. De repente 30...

Queen - I Want To Break Free


Este é conhecido como um dos clipes mais engraçados do Queen, por mostrar os 4 músicos vestidos de mulheres em situações bem domésticas. Não há como não rir ao vê-los de mini saia, e o Fred aparecendo bem no começo aspirando uma sala, com uma peruca chanel, enormes brincos rosas, bem maquiado, seios falsos, e aquele bigodão clássico, que não combinava nada!

Na verdade eles estão vestidos como Drag Queen´s, fazendo sátira a alguns personagens da novela da TV inglesa "Coronation Street".

A música fala da dúvida de um amor, de quando uma pessoa está em dúvida se deve amar a outra, ou se deve libertar-se desse amor. Dúvida realmente cruel!

O vídeo mostra situações de pessoas que vivem aprisionadas de várias formas, no trabalho de casa (porisso eles aparecem vestidos como “Drags” domésticas), ou no emprego (junto com vários operários, com aqueles capacetes de lanterna).

Em algumas cenas, algo mais conhecido do público do Queen: Freed Mercury em ação, cantando e aparecendo na telinha como ele gostava, sem camisa, e com uma calça e couro muito justa! Depois, ela aparece sem seu famoso bigode, dançando em uma caverna escura com o Royal Ballet.


O Clipe foi produzido pelo próprio baixista do Queen, John Richard Deacon em 1984, e ficou 15 semanas nas paradas da Inglaterra.

Ficha do Clipe:

Gravado: 1983
Lançamento: 22 de Abril de 1984
Gravadora: EMI / Capitol
Escritor: Jonh Deacon
Produtores: Queen e Reinhold Mack


GIRLS JUST WANNA HAVE FUN

Este clip dirigido por Edd Griles (que também dirigiu os vídeos de Time After Time e She Bop) é da música lançada em 1984, que foi o primeiro sucesso de Cyndi Lauper, tornando-a uma estrela da música e faz parte do "Rock'N Roll Hall Of Fame's 500 Songs That Shaped Rock and Roll". Girls Just Wanna Have Fun teve repercussão em filmes e episódios de séries anos mais tarde.

Cyndi foi a primeira artista feminina da "Geração MTV" surgindo na cena musical no ínicio dos anos oitenta. Seu visual de vanguarda que misturava características punk-rock/new wave/alternativo era super colorido e alegre, inspirando garotas no mundo inteiro.

Seus vídeos não poderiam ser diferentes e este é muito colorido e repleto de cenas engraçadas e inesquecíveis. É o número 45 entre os "100 Maiores Vídeos de Todos Os Tempos", no VH1.com.

O clip começa com a mãe de Cyndi fazendo um bolo esperando pela volta da filha. Cyndi então aparece dançando pela rua, alegre e descontraída. Ela se explica com a mãe e continua dançando.

Tarde da noite o telefone toca e é a vez do pai dela reclamar. Cyndi se justifica dizendo que as garotas só querem se divertir, pega o telefone e começa a conversar com as amigas. Aparecem então cenas dela e de suas amigas cantando alegres, saindo pela rua provocando as pessoas, dançando e contagiando a todos com sua alegria. Ela vai se encaminhando para casa e as pessoas a seguem, passando por seus pais perplexos, entrando em seu quarto cor-de-rosa, onde ela liga a vitrola terminando por fazer uma grande festa. Chegam o entregador de pizzas e o namorado dela trazendo flores. Seus pais cansam de discutir na cozinha e vão checar o que está acontecendo no quarto. Seu pai olha pela fechadura e se depara com a filha beijando o namorado. É então derrubado pelos convidados da filha que abrem a porta de repente. Mas nada faz com que Cyndi desista de querer se divertir.

Curiosidades:
- O ator que faz o papel do pai de Cyndi é Captain Lou Albano, que também participou dos vídeos "The Goonies Are Good Enough", "Time After Time" e "She Bop".
- O rapaz que aparece no fim do clip trazendo flores é o cantor e compositor Steve Forbert.
- O entregador de pizzas é o mesmo rapaz que anda com um cachorro e quem os interpreta é o irmão de Cyndi, Butch. Ele participou de outros vídeos da irmã: "Time After Time" (aparece na estação de trem) e "She Bop" (como o motoqueiro)
- A música "Girls Just Wanna Have Fun" inspirou o filme de mesmo nome em que aparecem as então futuras estrelas: Sarah Jessica Parker (Sex and The City), Helen Hunt (Mad About You) e Shannen Dougherty (Barrados no Baile). Embora Cyndi não tenha participado do filme a música que originou o seu título faz parte da trilha sonora.
- O título japonês para essa música é High School is Danceteria.


A Little Respect

Aceitando o convite do gênio Vince Clarke para desvendar as mensagens subliminares desse clássico dos 80, o Projeto Autobahn mostra o que está por trás do sensacional clipe de A Little Respect.

Um pouco mais doce que a antiga banda, com imagens de anjos, corações, plumas, Vince mostra exatamente o que queria ao formar junto com Andy Bell o Erasure: revolucionar o mundo pop com uma estética pra lá de original.

Durante o clipe há várias provas de que realmente Vince Clarke buscava um pouco mais de respeito ao deixar o Depeche Mode: o coração sendo quebrado pelo martelo e o trabalhador braçal também usando um martelo em seu trabalho, remetem à capa do álbum Construction Time Again _ afinal de contas, é a hora de Vince reconstruir sua carreira. O final do clipe, porém, e a prova cabal de que A Little Respect é um grito secreto de Vince Clarke: os símbolos presentes na capa de Behind the Wheel e Music for the Masses são apagados pelo Erasure; quem estaria então por trás do sucesso entre as massas do Depeche Mode?

A palavra "respect" também é uma das protagonistas desse labirinto de sugestões. Inicialmente minúsculo, ela cresce assim como o respeito crescente pelo trabalho do sensacional tecladista Vince Clarke. A última cena mostra a letra P de RESPECT sendo carregada pelo Vince para fora do cenário, formando algo próximo de "reset", um recomeço.

Para reforçar a intenção de fazer com que os fãs leiam no clipe mais do que o óbvio, há uma seqüência de divertidas imagens brincando com a letra da música, como, por exemplo, o rosto dos dois ficam azuis ao tocar "I'll be forever blue", que significa na verdade tristeza, em "live in peace with our hearts" aparece essa frase na fachada de uma igreja, em "we can make love not war" aparece uma cena dos dois cercados de arame como se estivessem numa cena de um filme de guerra, um cupido aparece quando a palavra "love" cantada e, ao encostar no pilar, Andy Bell perde o apoio e cai (And if I should faulter) pois o pilar desaba. Na continuação dessa cena, ao cantar "Would you open your arms out to me" Vince abraça uma caveira... só depois de morto e enterrado o Depeche poderia apoiar Vince Clarke, é talvez essa a mensagem da cena.

Enfim, um clipe riquíssimo, cheio de metáforas e de muito bom humor.

Ghost - Do Outro Lado da Vida

Um dos filmes mais românticos do final da década de 80, e por que não dizer, um eterno clássico, Ghost - Do Outro Lado da Vida, emocionou multidões ao exaltar que o verdadeiro amor jamais tem fim.

Sam Wheat (Patrick Swayze) e Molly Jensen (Demi Moore) formam um apaixonado e feliz casal vivendo na cidade de New York. O único problema no relacionamento deles é a evidente falta de expressão por parte de Sam, que não é capaz de dizer "Eu Te Amo" à sua namorada, e quando ela o diz, sempre responde com "idem". Isso aborrece Molly, uma vez que ela gostaria muito de ouvi-lo dizendo "Eu Te Amo" ao invés de "idem".
Certa noite, ao retornarem do teatro, são abordados por um ladrão, Willy Lopez. Ele aponta o revólver para Sam e o dispara instantaneamente. Mas Sam não se dá conta de que morreu e sai correndo atrás de Willy, imaginando que está tudo bem. Ele volta ao local e, chocado, percebe que agora é um fantasma, um espírito que se recusa e ser levado pela luz.

Sam então desconfia que o assalto foi previamente planejado, quando vê Willy entrar furtivamente em seu apartamento e vasculhar suas coisas. Sam decide seguir Willy até sua casa e descobre que seu melhor amigo e companheiro de trabalho no banco, Carl Bruner (Tony Goldwyn) contratou Willy para assaltar Sam, com o intuito de descobrir a senha que dá total acesso aos computadores do banco para que possa concluir com sucesso uma operação ilícita de lavagem de dinheiro. Profundamente frustrado, decepcionado e destruído, Sam começa a atacar Carl violentamente, mas percebe que não pode fazer muita coisa em sua condição de fantasma.

Sam se desespera ao perceber que Molly corre perigo e sente-se impotente por não conseguir comunicar-se com ela. Ele encontra Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), uma médium charlatã que acaba descobrindo que tem o dom de ouvir os espíritos, mas não consegue vê-los. Ela concorda em ajudá-lo, depois de Sam ter passado a noite toda cantando "I'm Henry The Eighth, I am" (na versão dublada, a canção foi substituída pela do Elefantinho – "Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais..."). Ainda relutante, Oda Mae telefona para Molly e diz que está se comunicando com Sam, mas Molly é irredutivelmente cética. No entanto, ela se convence quando Oda Mae lhe revela várias coisas de natureza muito íntima e pessoal, que eram apenas do conhecimento de Sam e Molly, principalmente ao ouvir Oda Mae pronunciar a palavra "idem".

Sam logo encontra um problemático fantasma (Vincent Schiavelli) assombrando uma estação do metrô, e este lhe ensina a habilidade de tocar e mover objetos.

Com a ajuda de Oda Mae, Sam acaba com o plano de Carl. Carl roubou US$ 4 milhões do banco e o depositou em uma conta fantasma. Com posse dos dados dessa conta, Oda Mae e Sam vão ao banco e sacam todo o dinheiro, mas Sam convence Oda Mae a doar o dinheiro para a caridade (em uma cena cômica, quando a freira que recebe o cheque desmaia ao ver o valor).

Carl segue pistas sobre o dinheiro e vai parar na porta de Molly, perguntando-lhe sobre Oda Mae, e Molly acaba revelando muitas coisas.Carl sente a presença do espírito de Sam e ameaça voltar para matar Molly, caso não recupere o dinheiro. Sam corre para avisar Oda Mae, mas Willy chega lá logo depois. Oda Mae e suas irmãs conseguem fugir enquanto Sam assusta Willy e este corre para o meio da rua em pânico. Imediatamente após Willy ter sido atropelado por um caminhão, ele percebe que morreu e vultos sombrios surgem do solo, o cercam e tomam a forma de espíritos perturbados. Esses vultos demoníacos atacam Willy e o arrastam para as profundezas do que se imagina ser o Inferno, enquanto este grita por socorro e clemência.

Ainda insegura sobre Oda Mae, Molly se convence mais uma vez de sua honestidade, depois que Oda Mae desliza uma moeda por baixo da porta e Sam cuidadosamente usa seu poder para colocar a moeda na mão de Molly (no início do filme, podemos ver que Sam e Molly colecionam moedas para dar sorte). Sam então usa o corpo de Oda Mae para compartilhar um momento de paixão com Molly, onde ambos se abraçam, se tocam e dançam ao som de "Unchained Melody", criando uma das mais emocionantes e românticas cenas do cinema. Porém, são interrompidos por Carl batendo violentamente na porta do apartamento, ameaçando matar Molly e Oda Mae, caso não consiga o dinheiro de volta. Sam é bruscamente lançado para fora do corpo de Oda Mae e sente-se enfraquecido e esgotado. Molly e Oda Mae fogem para o sótão do prédio e Carl as persegue. Desesperadamente, ele tenta capturá-las e finalmente consegue pegar Oda Mae e lhe aponta o revólver. Sam finalmente recupera suas forças e consegue arrancar a arma das mãos de Carl, que inutilmente lança um gancho pendurado em direção à Sam. O gancho atravessa o espírito de Sam e vai em direção à uma janela aberta por onde Carl está tentando escapar, mas o gancho estilhaça o vidro que cai e mata Carl. Sam observa o espírito de Carl sair de seu corpo sem vida e sente pena dele no momento em que vultos demoníacos o levam para as profundezas do Inferno.

Quando Sam pergunta à Oda Mae se ela e Molly estão bem, Molly consegue ouvi-lo. Luzes ofuscantes surgem sobre Sam e revelam sua imagem. Depois de agradecer e despedir-se de Oda Mae, Sam beija Molly e diz que a ama profundamente. Ela responde com um emocionado "idem". Sam então caminha de encontro às brilhantes luzes, que presumimos ser o Paraíso.

Principais Premios e Indicações

Golden Globe 1991 (EUA) - Venceu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em Cinema (Whoopi Goldberg).
Indicado nas categorias de Melhor Filme - Comédia / Musical, Melhor Atuação de um Ator em Cinema - Comédia / Musical (Patrick Swayze) e Melhor Atuação de uma Atriz em Cinema - Comédia / Musical (Demi Moore).

Oscar 1991 (EUA) - Venceu nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Whoopi Goldberg) e Melhor Roteiro. Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Montagem e Melhor Trilha Sonora.

FICHA

"Ghost - Do Outro Lado da Vida "
Título original:
"Ghost"
EUA, 1990, 128 minutos.

Patrick Swayze - Sam Wheat
Demi Moore - Molly Jensen
Whoopi Goldberg - Oda Mae Brown
Armelia McQueen - Irmã de Oda Mae Brown
Gail Boggs - Irmã de Oda Mae Brown
Tony Goldwyn - Carl Bruner
Bruce Jarchow - Lyle Furgeson
Martina Degnan - Rosie
Rick Aviles - Willie Lopez
Angelina Estrada - Rosa Santiago
Stanley Lawrence - Homem do Elevador
Christopher J. Keene - Homem do Elevador
Vincent Schiavelli

Direção: Jerry Zucker
Produção: Lisa Weinstein
Roteiro: Bruce Joel Rubin
Desenho de Fotografia: Adam Greenberg
Desenho de Produção: Jane Musky
Direção de Arte: Mark W. Mansbridge
Edição: Walter Murch
Figurino: Kendall Errair, Eric Harrison, Dawn J. Jackson e Ruth Morley
Estúdio: Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Genêro: Romance


Curiosidades:

- Molly Ringwald fez teste para o papel de Molly.
- Meg Ryan recusou o papel de Molly.
- Nicole Kidman também fez teste para o papel de Molly.
- Bruce Willis recusou o papel de Sam porque achou que o filme não teria sucesso.
- O papel de Oda Mae não foi escrito tendo Whoopi Goldberg em mente, mas Patrick Swayze, um admirador da atriz, convenceu os produtores de que ela seria perfeita para o papel.
- Quando o filme foi exibido em Monterrey, no México, ao entrar no cinema, as mulheres recebiam um envelope em que estava escrito Solo para mujeres, e que continha um pequeno lenço para que elas enxugassem as lágrimas.