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Brinquedo Assassino é uma original e criativa mistura de terror e suspense com conceitos absurdos e em muitos momentos cômicos que quase transformaram a produção em mais um produto da leva de filmes 'trash' da década. Em uma época onde o gênero terror estava em alta com seus vampiros e assassinos como Freddy Krueger e Jason Voorhees, o diretor Tom Holland (que em 1985, dirigiu o consagrado A Hora do Espanto) criou Chucky, o símbolo da mais pura ingenuidade infantil, mas com uma mente assassina e perversa.
Numa noite, um assaltante chamado Charles Lee Ray está sendo perseguido pela polícia e entra em uma loja de brinquedos para poder se esconder. Baleado por um policial quando tentava fugir e à beira da morte, ele decide, através da magia negra e um ritual de voodoo, transferir sua alma para a primeira coisa que encontra pela frente: um boneco Good Guy, o "Bonzinho".
Algum tempo depois, chega o natal! A mãe de Andy Barclay dá de presente para seu filho de 6 anos o que ele tanto queria, assim como a maioria das crianças: um boneco. Mas, o que ninguém imagina, é que aquele não é apenas mais um Bonzinho como tantos outros. A alma do bandido está naquele objeto e agora, o boneco não apenas "cria vida", mas promete vingança e libertação daquele corpo de plástico.
Chucky tem planos e objetivos que vão mais além. Ele precisa transferir a sua alma para a primeira pessoa que descobre seu segredo - Andy - e tem que fazê-lo o mais rápido possível, pois com o passar do tempo, o corpo de plástico começa a se tornar humano. Se ele não fizer isso rápido, sua alma ficará para sempre presa no corpo de um boneco..
FICHA |
"Brinquedo Assassino" Título original: "Child's Play" EUA, 1988, 87 minutos. Catherine Hicks - Karen Barclay Chris Sarandon - Mike Norris Alex Vincent - Andy Barclay Brad Dourif - Charles Lee Ray / Voz de Chucky Dinah Manoff - Maggie Peterson Tommy Swerdlow - Jack Santos Jack Colvin - Dr. Admore Neil Giuntoli - Eddie Caputo Juan Ramirez - Peddler Alan Wider - Sr. Criswell Raymond Oliver - Dr. Morte Direção: Tom Holland Produção: David Kirschner Roteiro: Don Mancini; John Lafia; Tom Holland Musica: Joe Renzetti Fotografia: Bill Butler Figurino: April Ferry Edicão: Roy E. Peterson; Edward A. Warschilka Producao Executiva: Barrie M. Osborne Desenho de Producão: Daniel A. Lomino Distribuidora: MGM Genêro: Terror |
Ao descobrir tudo, o menino tenta contar para a sua mãe, mas obviamente, ela não acredita nele, afinal, quem acreditaria em um brinquedo assassino? Ela somente tem provas de que o filho está falando a verdade quando Chucky tenta matá-la. Então, eles passam a contar com a ajuda de um detetive para acabar de uma vez com a ameaça encarnada no corpo do "inocente boneco".
Com um baixo orçamento e idéias tão ousadas, o sucesso de Chucky foi uma surpresa até mesmo para seus produtores. A história que brinca com o imaginário dos adultos e apavora as crianças, virou um fenômeno cult mesmo quase duas décadas depois da sua produção.
O sucesso foi tão estrondoso que mais quatro filmes vieram depois deste, incluindo A Noiva de Chucky e O Filho de Chucky; estes dois não foram tão bem sucedidos quanto o primeiro. As duas seqüências (Brinquedo Assassino II e III), tinham um tom mais irônico e sarcástico e perpetuaram o mito do boneco, sem dúvida, um dos personagens mais homicidas e ardilosos do cinema.
A Academy of Science Fiction, na categoria Fantasy & Horror Films, reconheceu o potencial do filme e, em 1989, indicou "Brinquedo Assassino" para quatro prêmios, incluindo Melhor Filme de Horror, levando apenas o troféu de Melhor Atriz, para Catherine Hicks.
O boneco de macacão azul faz parte da cultura de terror e ainda continuará agradando adultos e crianças, mesmo que por motivos diversos. Vida longa, Chucky!
Curiosidades:
O nome completo do personagem Chuck é Charles Lee Ray, resultado da combinação dos nomes de três grandes assassinos: Charles Manson, Lee Harvey Oswald e James Earl Ray.
Oito especialistas em marionetes foram usados para dar vida ao boneco Chucky, muito antes dos efeitos digitais por computador tornarem-se comum.
Na cena final, em que o boneco caminha em chamas - impossível de ser feita com marionetes (os fios iriam queimar) -, foi chamado o dublê anão Ed Gale para vestir-se com uma roupa anti-chamas e caminhar pegando fogo.
Nos quatro filmes, a voz de Chucky é feita por Dourif, que nos anos 70 foi indicado ao Oscar pelo seu trabalho em Um Estranho no Ninho.
No roteiro original, a babá de Andy deveria morrer eletrocutada por Chucky durante o banho, cena aproveitada em A Noiva de Chucky, quarto filme da série.
Premiações:
Prêmio Saturno 1990 (Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, EUA), na categoria de Melhor Atriz (Catherine Hicks).
Indicado nas categorias de Melhor Filme de Horror, Melhor Atuação de um Ator Jovem e Melhor Roteiro.
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